Túnel Santos-Guarujá será o primeiro túnel imerso do Brasil e da América Latina, com investimento de quase R$ 6 bilhões e impacto direto para mais de 5 milhões de pessoas.
A megaconstrução de São Paulo que liga Santos a Guarujá já foi aprovada e promete mudar o padrão de mobilidade urbana e logística no Brasil. Com previsão de entrega para 2031, o projeto custará R$ 5,96 bilhões e será executado em parceria entre o Governo Federal e o Estado, além de investidores privados.
O túnel será submerso, com 1,5 km de extensão e vias para carros, pedestres, ciclistas e até VLT. O objetivo é desafogar o trânsito e aumentar a eficiência logística do Porto de Santos, hoje o maior da América Latina.
Projeto histórico promete reduzir trajeto de 50 minutos para menos de 2
A megaconstrução de São Paulo, batizada de Túnel Santos-Guarujá, terá cerca de 870 metros sob o canal do estuário e mais de 1,5 km de extensão total. A ligação será construída por meio de módulos pré-fabricados e submersos com precisão milimétrica no fundo do mar. O modelo, inédito na América Latina, é semelhante ao usado em projetos como o Túnel de Gojou, na China.
O túnel contará com três faixas de rolagem por sentido, ciclovias e passarelas para pedestres. Um diferencial é a faixa adaptável para VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que poderá se integrar futuramente ao transporte público da Baixada Santista. O projeto já possui licença ambiental prévia aprovada e financiamento garantido via PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Impacto para milhões e polêmica sobre o pedágio
Atualmente, cerca de 80 mil pessoas fazem diariamente a travessia entre Santos e Guarujá, seja por balsa ou rodovia. A viagem de carro leva até 50 minutos e as balsas acumulam longas filas. Com o novo túnel, o tempo será reduzido para 1 minuto e 45 segundos, segundo o Governo de SP. Isso significa um ganho de mais de 3.000% em eficiência logística.
A obra também beneficia o Porto de Santos, que movimentou mais de 180 milhões de toneladas em 2023. O novo sistema evitará interrupções provocadas pelas balsas, melhorando o fluxo de navios e caminhões. No entanto, há resistência ao pedágio estimado em R$ 12 por trajeto, o que pode elevar os custos diários para transportadoras e moradores da região.
Modernidade, sustentabilidade e benefícios nacionais
Com investimento estimado em R$ 5,96 bilhões, o túnel será financiado em partes iguais pelo governo estadual e federal, além de uma parcela da iniciativa privada. Os estudos apontam para redução de até 70% na demanda por balsas e queda de 53% nas emissões de CO₂, atendendo a metas ambientais nacionais e internacionais.
A ligação entre os bairros do Macuco (Santos) e Vicente de Carvalho (Guarujá) terá também impacto no turismo, que movimenta mais de 4 milhões de visitantes anuais na Baixada. Além disso, será fundamental para a viabilidade do futuro aeroporto regional de Guarujá e para o crescimento urbano planejado da região.
Você acredita que a megaconstrução de São Paulo pode realmente revolucionar o país ou será apenas mais um projeto emperrado? Deixe sua opinião nos comentários.