Única parlamentar mulher é posta em cargo no qual não se candidatou para “embelezar a mesa”
Iasmin Roloff (PT), única parlamentar mulher na Câmara de Canguçu, se candidatou à Presidência da Casa, e foi posta em outro cargo sem se candidatar. Todas as justificativas para o ocorrido giraram em torno de sua aparência física.
Ela foi eleita segunda vice-presidente da mesa diretora onde prestaria a função de “embelezar a mesa”, segundo falas dos vereadores.
Iasmin afirma ter sido vítima de violência política de gênero
O ocorrido incomodou Iasmin, que afirma ter sido vítima de violência política de gênero.
A parlamentar falou que não havia demonstrado interesse ao cargo para o qual foi eleita devido a sua aparência física.
“No momento, a sensação foi de inquietação, eu fiquei muito incomodada. Quando os vereadores, todos homens, fazem uma votação e usam como única justificativa a minha aparência, eu sendo mulher acho que se caracteriza como uma violência política de gênero”, disse a parlamentar.
O caso ganhou força e repercutiu nas redes sociais. Outras parlamentares mulheres do estado e militantes do partido mostraram a sua desaprovação pelo acontecimento.