Nova geração da trail indiana traz avanços em desempenho, tecnologia e ciclística, prometendo rivalizar com modelos maiores mesmo com preço abaixo de R$ 32 mil.
A Royal Enfield Himalayan 450 2026 já está disponível no Brasil com melhorias relevantes em relação à geração anterior, incluindo motor DOHC Sherpa de 452 cm³, painel digital com GPS integrado e nova suspensão Showa invertida. O modelo passa a entregar 40 cv e promete maior eficiência no uso on-road e off-road.
A moto estreia oficialmente como a quarta geração da linha Himalayan, que nasceu em 2015 e chegou ao Brasil em 2019. Desta vez, o pacote evoluiu de forma drástica: novo chassi, refrigeração líquida, rodas com aros mais largos, painel TFT conectado ao celular e câmbio de 6 marchas. A versão mais acessível custa R$ 29.990 com frete incluso, segundo a própria Royal Enfield.
Uma trail retrô com motor moderno
A principal mudança da Royal Enfield Himalayan 450 2026 está no conjunto mecânico. O novo motor Sherpa de 452 cm³ é monocilíndrico, com comando duplo de válvulas (DOHC), entregando 40 cavalos de potência e 4,08 kgfm de torque, segundo dados oficiais da marca. O ganho em desempenho é significativo em relação ao antigo 411 SOHC, com destaque para médias e altas rotações.
Além disso, a moto passou a contar com refrigeração líquida, câmbio de seis marchas, embreagem assistida e deslizante, acelerador eletrônico (ride-by-wire) e dois modos de pilotagem: Eco e Performance. Ambos permitem desligar o ABS traseiro — recurso útil em trilhas. O peso em ordem de marcha é de 196 kg, mas a nova geometria melhorou a distribuição de massa, dando sensação de leveza em movimento.
Tecnologia embarcada e conectividade inédita
Outro grande avanço está no painel TFT de 4 polegadas, que agora oferece conexão Bluetooth com o aplicativo oficial da Royal Enfield. A integração com o Google Maps permite navegação curva a curva diretamente na tela, além de exibição de chamadas, mensagens e músicas.
A moto ainda traz iluminação full LED, tomada USB-C no guidão, computador de bordo com consumo, autonomia, tensão da bateria, temperatura do motor, controle de brilho da tela e dois temas visuais configuráveis (analógico e digital). Tudo pode ser ajustado por um joystick no punho esquerdo, facilitando o uso em movimento.
Suspensões, rodas e freios sobem de nível
A Himalayan 450 2026 passa a adotar suspensão dianteira invertida Showa com 43 mm de diâmetro e 200 mm de curso, enquanto a traseira mantém o monoamortecedor com regulagem de pré-carga. O chassi é completamente novo, com estrutura tubular dupla.
As rodas raiadas de 21 polegadas na dianteira e 17 na traseira foram redesenhadas com aros mais largos, melhorando o desempenho em alta velocidade. Os freios são da marca ByBre (subsidiária da Brembo), com discos de 320 mm na frente e 270 mm atrás, e sistema ABS nas duas rodas.
Visual clássico, mas com refinamentos
A estética ainda remete às origens retrô da Royal Enfield: farol redondo, tanque esculpido e protetores de carenagem tubulares. No entanto, agora há novos grafismos, banco bipartido com ajuste de altura (de 82,5 cm a 84,5 cm), e um escapamento compacto de aço inox com catalisador elevado para evitar impactos em off-road.
A marca oferece duas versões: com pneus com câmara (aro tradicional) e pneus sem câmara (aro especial). Ambas contam com cores variadas, como cinza com azul, cinza com laranja, preto com dourado e branco camuflado.
Consumo, preço e pontos negativos
O consumo da Royal Enfield Himalayan 450 2026 pode variar entre 18 e 28 km/l, de acordo com o estilo de pilotagem. Em testes realizados com carga total e em uso intenso, a moto ainda se manteve dentro da média esperada para a categoria trail média.
A versão de entrada parte de R$ 29.990, enquanto a topo de linha, com rodas sem câmara e acabamento especial, chega a R$ 31.990, segundo a Royal Enfield Brasil. Ambos os valores já incluem frete.
Entre os pontos negativos, destacam-se:
- Ausência de controle de tração (presente em concorrentes como a Triumph Scrambler 400X).
- Protetor de cárter e manoplas em plástico, quando o ideal seria alumínio.
- Paralama dianteiro muito baixo, o que pode acumular lama em off-road pesado.
A Royal Enfield Himalayan 450 2026 representa o maior salto técnico da marca indiana em anos, sem perder a identidade clássica. O novo motor Sherpa, a conectividade do painel e o refinamento do conjunto ciclístico tornam a trail uma opção séria para quem busca uma moto robusta, versátil e com visual retrô autêntico.
Você acha que a nova Himalayan 450 finalmente colocou a Royal Enfield no mesmo patamar das big trails modernas? Comente abaixo!