Câncer da amígdala: causas, sintomas e tratamento
Dentre as doenças que podem atingir a região da garganta, o câncer da amígdala pode ser considerado um dos mais perigosos e agressivos.
Isso porque, dependendo de sua localização e do tempo em que se leva para procurar ajuda médica, podem ser necessárias medidas extremas como a retirada do órgão em questão.
Vários fatores podem influenciar o aparecimento da doença, que vão desde a idade avançada até mesmo hábitos ruins envolvendo a boca e a garganta.
Nesse artigo você poderá entender um pouco mais sobre o câncer de amígdala, descreveremos o que é, suas causas, como é realizado o diagnóstico, formas de prevenção e tratamentos para a doença:
O que é o câncer de amígdala?
Também conhecido como cancro das amígdalas, o câncer dessa região faz parte das vias aerodigestivas superiores.
Envolve o aparecimento de células anômalas nas amígdalas, podendo resultar em crescimento da região e até mesmo outros sintomas que podem lembrar uma simples amigdalite.
Quando não tratado pode se estender a outras regiões como laringe, cordas vocais e esôfago.
Causas e sintomas do câncer de amígdala
Ainda não é muito claro o que causa a mutação nas células localizadas na região das amígdalas e que resultam no câncer.
No entanto, o HPV e o uso constante de nicotina associada ao álcool podem estar dentre as causas possíveis.
Os sintomas do câncer de amígdala incluem:
- Sangue na saliva;
- Hálito ruim;
- Dificuldades de engolir – tanto líquidos quanto alimentos sólidos;
- Dores na garganta;
- Dor em um único ouvido;
- Sensação de corpo estranho preso a garganta;
- Dor na mandíbula ao falar;
- Inchaços na região do pescoço;
- Úlceras que não cicatrizam;
- Perda de peso não intencional;
- Intolerância a alimentos cítricos;
Como é feito o diagnóstico?
Depois de uma análise clínica dos sintomas apresentados pelo paciente o médico realizará um exame em toda a cavidade bucal.
Qualquer lesão suspeita será coletada e enviada para a análise – biopsia.
É possível também que o médico solicite a realização de uma endoscopia em caso de suspeita de câncer de amígdalas, para verificar se a doença não se espalhou para outras regiões.
Histórico familiar, teste para HPV e hábitos como fumar e beber também são levados em conta durante o diagnóstico.
Tratamento
O tratamento se baseia tanto na radioterapia como na cirurgia. A localização do câncer, sua extensão, e a saúde do paciente também são levados em conta antes de se iniciar o tratamento.
A radiação é mais indicada para quando a doença ainda se encontra nos estágios iniciais.
Enquanto que a cirurgia pode consistir na remoção não apenas das amígdalas como de outras partes da boca e garganta afetadas pelo câncer.
A quimioterapia também pode ser indicada como tratamento da doença.
Quando os gânglios do pescoço já foram atingidos, o tratamento costuma ser mais agressivo.
Em casos de o câncer se encontrar em um estágio muito avançado, a ponto de já ter acometido outros órgãos que compõe a garganta e uma cirurgia ser muito arriscada, são adotadas medidas paliativas, com o intuito de aliviar a dor, estabilizar a doença e permitir que o paciente tenha um bom convívio social.
A quimioterapia aliada a radioterapia são as medidas adotas nesses casos.
Na maioria dos casos os médicos tentam resolver o problema com o mínimo de interversões cirúrgicas possíveis, com o intuito de preservar a garganta e os órgãos que a compõe.
Prevenção e grupos de risco
Os homens costumam ser mais atingidos por esse tipo de câncer, principalmente depois dos cinquenta anos.
Mas mulheres também podem desenvolvê-los. Pessoas que fumam há bastante tempo e aliam esse mau hábito ao álcool também estão dentro do grupo de risco.
Vale lembrar que o HPV também pode ser responsável pelo aparecimento de tumores na região da garganta, então quem for diagnosticado com a doença também se encontra dentro do grupo de risco.
Para prevenir o aparecimento de tumores nessa região é recomendado:
- Abandonar o hábito de fumar;
- Cuidar da saúde da boca;
- Tratar amigdalites adequadamente, principalmente as crônicas;
- Visitar o médico ao perceber qualquer alteração significativa;
- Diminuir ou eliminar o consumo de álcool;
- Usar preservativos durante o sexo oral, com o intuito de evitar o contágio pelo HPV;
- Vacinar-se contra o HPV;
Complicações da doença
O câncer é uma doença séria que necessita de atenção não apenas dos médicos como também do paciente. Dentre as possíveis complicações ligadas ao câncer de amígdalas podemos citar:
- Desidratação causada pela pouca ingestão de líquidos – ligada ao incômodo causado pela doença;
- Necessidade de remoção de parte da mandíbula ou outros órgãos da garganta;
- Possibilidade do câncer se espalhar para outras regiões ligadas a garganta como faringe, laringe e esôfago;
- Morte, causada por diagnóstico tardio da doença – fazendo com que o câncer se espalhe para o resto do corpo;
Vale lembrar que as complicações mais graves são raras e que o câncer de amígdalas têm em torno de 90% de chances de cura quando diagnosticado em seus estágios iniciais.
Quando devo procurar o médico?
Fumantes, principalmente aqueles que aliam esse hábito as bebidas alcoólicas devem visitar o otorrino ao menos uma vez por ano – após os 50 anos essas consultas de rotina devem se reduzir para seis em seis meses.
No caso do aparecimento de qualquer sintoma citado nesse artigo marque uma consulta com um médico para evitar maiores problemas.
Quanto antes diagnosticado o câncer maiores as chances de cura e menores as consequências causadas pela doença.