Cristãos do mundo todo estão boicotando o Jogos de Inverno de Pequim; entenda por que
Os Jogos Olímpicos de Inverno começaram no dia 4 de fevereiro e encerram no próximo domingo (20), sendo sediado em Pequim, na China.
Por ser um dos países com maior perseguição religiosa, grupos cristãos de todo o mundo promoveram um grande boicote ao evento, como protesto pela forma como o Partido Comunista da China (PCC) tem tratado os cristãos e outras minorias religiosas.
Uma das entidades que pediu o boicote aos jogos foi a Portas Abertas, uma entidade que apoia cristãos perseguidos em todo mundo. Segundo a Lista Mundial de Perseguição realizada por esta organização, a China é o 17º país que mais persegue cristãos.
Para o presidente da Portas Abertas dos EUA [Opend Doords USA], David Curry, os jogos olímpicos estão sendo usados como “um exemplo de como a China está usando esportes, dinheiro e investimentos em infraestrutura em todo o mundo para encobrir suas violações de direitos humanos”.
No comunicado feito por Curry ele diz: “O Open Doors USA… está pedindo a todos os cristãos que se juntem a este boicote das Olimpíadas em nome de nossos irmãos e irmãs perseguidos na China”, enfatizou, esclarecendo que o boicote significava não ver as Olimpíadas de Inverno.
Um exemplo de perseguição no país inclui o uso do governo de “controle governamental centralizado para suprimir e exterminar a livre prática de religião de todos os tipos”, observou Curry.
Além disso, o PCC usa “uma capa de vigilância monitorada por inteligência artificial para observar os movimentos das pessoas de fé. Está até usando o reconhecimento facial para monitorar quem entra nos locais de culto”, explicou.
“A China implementou recentemente restrições adicionais às Bíblias cristãs e literatura online, por exemplo. Somente grupos que reconhecem o Partido Comunista Chinês e sua censura de seus sermões e Bíblias poderão distribuir as Escrituras”, continuou Curry.
Como resultado, 100 milhões de cristãos chineses “serão submetidos” a Bíblias que tiveram alguns elementos alterados ou removidos por entrarem em conflito com o “dogma comunista”.
Curry também compartilhou que muitas igrejas “são forçadas a se desfazer e quebrar em pequenos pedaços ou ir para o subsolo”. Além disso, ele explicou que o PCC persegue pessoas de fé porque considera a religião “uma ameaça” aos “valores do estado chinês”.
Jornalista formada, trabalha para veículos online desde 2003 e, ao longo desses anos, tem escrito para diferentes sites e blogs.