Fundos imobiliários são alternativas recomendadas para novos investidores

Fundos imobiliários são alternativas recomendadas para novos investidores

Na contramão do que muitos poderiam esperar diante do cenário econômico que se desenha para 2022, especialistas do mercado financeiro e corretoras recomendam as aplicações em fundos imobiliários (FIIs) aos investidores, sobretudo, os principiantes. 

Levantamento realizado pelo portal Infomoney, em janeiro, junto a sete especialistas do mercado financeiro, a empresa Economática e dez corretoras de investimentos do país, elencou oito FIIs apontados como as principais apostas para 2022. Na lista estão: o BTLG11; o VGIR11; o HGRU11; o HSML11; o HGRE11; o BRCO11; o TRXF11; e o KNCR11. 

Embora o momento seja de alta da taxa básica de juros Selic, o que favorece o rendimento de outros tipos de investimento – como os produtos de renda fixa – e encarece o acesso ao crédito imobiliário, especialistas afirmam que os FIIs podem ser uma oportunidade para quem deseja ingressar na Bolsa de Valores. 

Aspectos positivos 

O barateamento das cotas dos fundos é apontado como um dos principais atrativos para os novos investidores.

No entanto, este não é o único aspecto que deverá ser considerado na hora de escolher onde aplicar os recursos. A orientação é avaliar a “qualidade” do ativo. 

De acordo com os especialistas, como qualidade devem ser compreendidas características como localização, finalidade e demanda pelo imóvel.

Também é importante considerar a liquidez e a diversificação do fundo. 

Os fundos de papel, como são chamados os títulos para o financiamento do setor imobiliário, têm alcançado bons resultados mesmo no período de maior aperto financeiro, como em 2020.

A explicação está no fato de que, normalmente, o rendimento desse tipo de fundo é atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ou ao CDI, taxa que mantém percentual próximo à Selic. 

Já os fundos de tijolos, que são aqueles relativos aos imóveis prontos, merecem uma atenção maior do novo investidor.

As lajes corporativas enfrentaram um período de queda devido ao movimento de expansão do home office durante o período de isolamento social.

A expectativa é que, com o avanço da vacinação e a implantação do modelo de trabalho híbrido em muitas empresas, haja uma valorização desses imóveis. 

O mesmo é aguardado por shopping centers. Com a retomada gradual das atividades, a vacância tende a reduzir.

Os especialistas destacam que, mesmo com a concorrência direta com o e-commerce, os centros comerciais têm o diferencial de também serem pontos de lazer.

Fundos imobiliários
Fundos imobiliários – Foto: jcomp/Freepik

Por outro lado, devido ao aumento do e-commerce, a expectativa é que a demanda pelos galpões logísticos seja crescente, o que também torna esse tipo de imóvel atrativo. 

Os FIIs são apontados como a porta de entrada na Bolsa de Valores, pois são considerados mais seguros em comparação com outros investimentos de renda variável.

Além disso, o fato de terem uma gestão profissional é outro fator positivo para o investidor iniciante. 

Como aplicar

Para começar a investir em fundos imobiliários, o investidor deve abrir uma conta em uma corretora. A ordem de compra é feita pelo home broker, sistema on-line que conecta o usuário à Bolsa de Valores. 

A equipe da corretora de investimentos pode auxiliar o investidor a realizar as melhores escolhas, levando em conta os recursos disponíveis, a tolerância aos riscos e o propósito da aplicação. 

Mesmo contando com esse suporte, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima) alerta para a importância de o investidor estudar sobre o mercado, compreender as características dos ativos e manter-se bem informado sobre as oscilações da economia nacional e internacional. 

A remuneração dos FIIs se dá pelo recebimento periódico das receitas geradas pelo imóvel ou pela venda das cotas após passarem por um processo de valorização.

No primeiro caso, não há cobrança de Imposto de Renda. Já no segundo, há o desconto de 20% sobre o rendimento.

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