Reservas estratégicas de minérios raros colocam o Brasil no centro da disputa tecnológica e militar entre potências mundiais.
O megaprojeto do Brasil envolvendo o domínio sobre minérios estratégicos está ganhando atenção global. Com mais de 97% das reservas conhecidas de nióbio e posições de destaque em lítio, cobalto, níquel, grafite e terras raras, o país se tornou peça-chave na nova corrida por matérias-primas críticas para tecnologias do futuro.
A demanda acelerada por esses elementos já acende alertas em grandes potências como Estados Unidos e China, que veem no território brasileiro uma oportunidade — e também uma possível ameaça geopolítica.
Brasil tem o que o mundo precisa, mas ainda não explora
Segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM) e do Serviço Geológico do Brasil, o país possui a maior reserva mundial de nióbio, a quinta de lítio, a segunda de níquel e a nona de cobalto. Esses minérios são fundamentais para setores como carros elétricos, turbinas eólicas, mísseis, satélites, semicondutores e baterias de alta densidade.
O problema é que grande parte das jazidas ainda está inexplorada, sobretudo na Região Norte, por entraves ambientais e falta de infraestrutura. Hoje, apenas Minas Gerais e Goiás operam em escala considerável. Isso coloca o Brasil em uma encruzilhada: proteger o meio ambiente ou correr para aproveitar uma janela estratégica que pode não se repetir.
Potências já agem nos bastidores
A China domina o mercado global de terras raras graças a uma política agressiva de mineração e exportação restrita. Enquanto isso, os Estados Unidos aumentam sua presença diplomática em países com minérios críticos, como Congo e Ucrânia, oferecendo ajuda militar ou financeira em troca de acesso às reservas.
No caso do Brasil, a aproximação recente da China em projetos de infraestrutura e energia, além do interesse europeu e norte-americano em firmar acordos minerais, mostram que o país já entrou no radar da geopolítica global. Especialistas da Unctad e da OCDE já alertam que eventuais tensões sobre controle de extração ou exportação podem escalar em disputas mais amplas.
Baterias, tecnologia limpa e poder militar
Além da exportação bruta, empresas como a Volkswagen já desenvolvem no Brasil baterias à base de nióbio com recarga ultrarrápida. A CBMM (maior produtora mundial de nióbio) lidera pesquisas com o material, inclusive para aplicações militares e aeroespaciais.
O neodímio, presente em terras raras, é indispensável para mísseis, drones e aviões stealth. Recursos antes considerados secundários agora definem a capacidade tecnológica e de defesa de uma nação.
Se souber aproveitar o momento, o Brasil pode sair do papel de exportador bruto e se tornar um hub de processamento e tecnologia de alto valor agregado.
Você acha que o megaprojeto do Brasil com esses minérios pode realmente transformar o país em uma potência global até 2030? Ou vamos desperdiçar mais uma chance histórica? Deixe sua opinião nos comentários.