Orientação profissional: a importância da prova que marca o futuro dos jovens
Na hora de escolher a carreira profissional, muitos alunos do ensino médio têm dúvidas sobre o que fazer no futuro. Isso é comum acontecer principalmente nos últimos anos da fase escolar
Quando se pensa no trabalho, na profissão a seguir e nas disciplinas que envolvem a área escolhida, seja ela herança de família, como acontece em muitos casos com a carreira de medicina, por exemplo, ou mesmo por interesse próprio.
Portanto, se você se encontra nessa etapa dos seus estudos, vale a pena procurar toda a ajuda possível para definir a escolha da sua faculdade, seja trocando ideia com seus professores, visitando um local onde sua profissão é exercida ou usando outras ferramentas necessárias para eliminar essas dúvidas, entre as quais estão os testes de orientação profissional.
O que é o teste de orientação profissional?
O teste vocacional reúne uma série de testes que buscam investigar vários aspectos de um aluno para facilitar a compreensão de elementos importantes como: interesses próprios, habilidades, aptidões, áreas do conhecimento, hábitos de estudo, preferências profissionais, entre outros. O objetivo é ajudar na escolha de uma carreira.
Essa orientação é fundamental para obter informações que podem ser valiosas e que, às vezes, nem você percebia que tinha aptidão.
É verdade que não influencia fatores externos, mas permitirá uma visão mais clara da profissão e você pode descobrir pelo que é realmente fascinado.
O ponto-chave dos testes vocacionais é o autoconhecimento
Quando você escolhe uma profissão, é preciso considerar suas habilidades para entrar melhor no mercado de trabalho.
Isso significa identificar aptidões, habilidades, interesses, potencialidades e oportunidades de acordo com as várias opções, para conhecer a perspectiva de longo prazo. Isso permitirá uma decisão correta sobre o seu futuro profissional.
As pessoas são mais felizes quando trabalham naquilo que realmente amam. Este é um ponto fundamental porque, em certos casos, os jovens optam por uma carreira seguindo uma recomendação ou pressão do meio e essa profissão não é a que os motiva.
Portanto, os testes permitem que você vivencie a paixão por encontrar o bem-estar interior e formar uma força de trabalho qualificada.
Por último, a orientação profissional pode ajudá-lo a alcançar seus objetivos – o que inclui intenções pessoais e profissionais – ao mesmo tempo em que ajuda a reduzir o abandono do ensino superior.
Não sabe o que estudar?
A falta de orientação e, em muitos casos, não saber onde encontrar as informações profissionais, faz com que muitos estudantes optem por não buscar o ensino superior ou abandoná-lo nos primeiros anos.
Somado a isso, com a pandemia Covid-19, muito mais jovens relatam casos de ansiedade e estresse, o que afeta seu rendimento escolar e o desejo de continuar estudando.
Um levantamento realizado pelo UNICEF, em 2020, mostrou que a crise gerada pela pandemia teve um grande impacto na saúde mental de adolescentes e jovens da América Latina e Caribe.
Os resultados indicaram que 27% relataram sentir ansiedade, 15% ter sofrido depressão nos últimos sete dias e 46% ter menos motivação para realizar as atividades que normalmente gostavam.
Neste contexto, é fundamental dar-lhes o acompanhamento e o apoio necessário para que decidam o que fazer no futuro.
Continuando sua educação após o ensino médio, eles terão acesso a mais e melhores oportunidades para se desenvolver holisticamente: mais probabilidade de conseguir empregos formais, melhores colocações, aumentar sua renda, continuar sua pós-graduação, etc.
O cenário latino-americano
Concluir o ensino médio pode significar um momento de incerteza, principalmente se você não tem orientação ou não conviva com pessoas que tenham passado pela experiência anterior de acesso ao ensino superior.
No Brasil, muitos jovens optam por trabalhar para ter uma renda mais rápida, o que leva a empregos informais, os quais não oferecem nenhum tipo de benefício social.
Segundo análise publicada em março de 2020 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o desemprego, a informalidade e a inatividade são os problemas que mais afetam os jovens da América Latina e do Caribe.
Para se ter uma ideia, a entidade aponta que há 23 milhões de pessoas na região que não estudam nem trabalham.
Ainda de acordo com a OIT, na América Latina e no Caribe existem 9,4 milhões de jovens desempregados e mais de 30 milhões que só encontram emprego em condições informais.
Se falamos de ensino superior na América Latina, um estudo de 2017 do Banco Mundial indicou que, embora o número de universitários tenha aumentado consideravelmente para 20 milhões nos últimos 10 anos, apenas metade conseguiu obter o diploma.
Na verdade, dos que desistem, metade o faz no primeiro ano de licenciatura. Da mesma forma, a pesquisa destaca que nem todos os jovens ou seus familiares possuem as informações ou recursos necessários para tomar a decisão correta na escolha da carreira profissional.