Uber Eats chega ao fim no Brasil
A Uber divulgou hoje um comunicado informando o encerramento das atividades do Uber Eats no Brasil.
A notícia caiu como uma bomba nos restaurantes cadastrados no aplicativo, um dia após o presidente Jair Bolsonaro sancionar a lei que garante auxílio e seguro aos entregadores de aplicativos que forem diagnosticados com COVID-19, após quase dois anos de pandemia.
O serviço de entrega de restaurantes ficará ativo até o dia 7 de março, após essa data, a empresa seguirá com suas atividades reduzidas.
Realizando entregas apenas de compras feitas nos supermercados parceiros.
Com parceria com a Cornershop, a Uber anunciou também que deseja ampliar sua cartela de mercados disponíveis no app.
Apesar de tudo, a empresa não mencionou no comunicado a lei que prevê auxílio aos entregadores.
Além disso, as atividades do Uber Flat, serviço de entrega realizado pelos motoristas da Uber, e o Uber direct, serviço de entrega oferecido a lojas que querem entregar encomendas no mesmo dia, continuarão a todo vapor.
Motivos do encerramento
Especula-se que a pressão feita pela líder de mercado iFood, foi um dos motivos pelos quais a Uber decidiu reduzir sua área de atuação.
Inclusive, o iFood foi obrigado pela Superintendência do Cade a parar de fechar contratos de exclusividades com os restaurantes cadastrados na plataforma.
Auxílio para Entregadores
A lei que garante auxílio aos entregadores de aplicativo garante que um funcionário tenha uma licença remunerada de 15 dias após ser diagnosticado com COVID-19.
E garante ainda seguro em casos de acidentes, morte ou invalidez.
Caso o entregador trabalhe para mais de um aplicativo, a empresa responsável pelo pagamento do seguro será aquela do qual o profissional autônomo estava realizando a entrega no momento do acidente.
Apesar do avanço, a lei não prevê vínculo empregatício entre o entregador e os aplicativos de delivery.